31 de dezembro de 2006

Imagens 6

Último post do ano!

Ví ontem por acaso... Bonzão!


24 de dezembro de 2006

Tritone - Primeiro encontro

No início da semana passada estive reunido com o Serj e o Edu em Curitiba, trancafiados no estúdio do Serj. Trabalhamos na música Premonition, que marcará a volta do trio como participação especial no CD solo de nosso anfitrião.

Assim como todo o CD a música é demais. Tem um clima bem progressivo, o que me deixou bem à vontade além de ser bem pesada e ter por volta de nove minutos de duração. Uma porrada!

O Serj tirou um puta som das guitarras, pra variar, e o Edu, como sempre, surpreendeu a todos com o seus solos. Tá cada dia mais desiquilibrado esse brother... tem que mandar benzer...rs

Além de tocar bastante, batemos muito papo sobre os projetos para 2007 e aproveitamos para fazer algumas fotos. O clima é demais e tô me sentindo muito bem em estar fazendo parte de um projeto tão bacana.

Algumas fotos...








23 de dezembro de 2006

Grand Prix Brasília

Já em ritmo de recesso de fim de ano, uma saída da rotina e um pouco de diversão vai bem!

Em primeira mão, fotos do Grand Prix Brasília de Kart.

Não dá pra competir com o Andreoli, que já é praticamente um veterano. Pra uma primeira vez acho que não me saí tão mal... o problema é viciar nesse troço.... é divertido demais! Rs


O percurso.






Aquecendo os motores....Rs (Na verdade isso foi depois)





Os "pilotos": Andreoli, Kiko, Rafael e Barbosa



Estudando a pista!


O único problema é que os dedos das mãos ficam doloridos depois, mas que é bom é!


Black Belt !!!

Desde criança sou paixonado por artes marciais. Assistia filmes de luta que nem um louco, era (e ainda sou) fã do Bruce Lee e sempre comprar revistas especializadas. Obviamente, minha paixão pela música sempre foi maior e as duas coisas não são muito compatíveis.

Ainda adolescente passei rapidamente por diversos estilos como judô, capoeira, karatê, boxe até encontrar o que realmente fez a minha cabeça. Taekwondo é uma arte marcial oriunda da Coréia que se tornou esporte olímpico há pouco tempo. Mais ou menos com 16 anos de idade comecei a treinar enquanto ainda fazia caratê simultâneamente. No Taekwondo, a grande maioria dos golpes é desferida com os pés, o que não garante a saúde de minhas mãos, mas pelo menos reduz a probabilidade de lesão nos membros superiores. Além disso, a grande amizade com o meu primeiro professor, Garrincha, grande atleta e grande figura, me fez enveredar definitivamente para o TKD. Sou uma pessoa que tenta levar tudo que me proponho a fazer com seriedade e não seria diferente com o esporte que pratico. Por dez anos, parando alguns meses e voltando em seguida devido a minha agenda sempre conturbada, treinei TKD seriamente e em 2002 parei pela última vez, devido ao fato do meu professor parar de dar aulas para trabalhar com musculação. Na ocasião, eu estava na faixa vermelha - ponteira preta há mais de um ano , exatamente uma antes da preta. Na época, a idéia era parar por um tempinho e voltar para fazer o último exame, para a faixa preta assim que o Garrincha voltasse a dar aula. Ele não voltou, consequentemente, nem eu... Três anos se passaram e eu acabei me envolvendo com outras atividades físicas e desencanando do TKD, apesar de sempre vibrar ao ver uma cena de luta em filme ou a filmagem de algum campeonato.

Em dezembro de 2005, extamanete há uma ano, estávamos eu e alguns companheiros do GTR em um churrasco de confraternização da empresa e meu amigo Marcelo Buby, conversávamos sobre o assunto. O Buby se encontrava numa situação similar a minha, faixa marrom de judô (uma antes da preta). Ele estava dizendo que a meta dele pra 2006 era pegar a faixa preta e no meio da conversa soltou: - Pô Marcelão, pra você também só falta uma. Vamo lá, termina esse troço, nem que depois você pare. Como costumo obedecer meus amigos, resolvi fazê-lo. Quando voltei da Namm, em fevereiro, procurei o Mestre Vinícius, que já conhecia há longas datas e me matriculei de volta na academia com o propósito de fazer o exame no final do ano.

Durante o ano, muitas semanas de treino foram matadas e o exame se aproximava sem eu me sentir preparado para passar.Viajei muito para tocar, me envolví em diversos projetos e obviamente, muitas vezes o treino ficou para segundo plano. Voltei da Expomusic sem saber se daria pra fazer o exame. Foi uma ralação, principalmente as últimas semanas, que coincidiram com audição dos alunos da escola, shows da Zero10, produção do CD GTR 10 anos, aulas etc etc etc...

Foi uma ralação mas valeu à pena. Meta concluida, Tanto a minha quanto a do Buby! Parabéns pra você meu velho.

Aproveito para agradecer e homenagear meus mestres Garrincha, por todo o apoio e pela amizade de tantos anos, Vinícius por me preparar para o exame mesmo em sábados, domingos e feriados e Eduardo pela valiosa ajuda durante os treinamentos.

Para completar a felicidade, meu sobrinho Luis Henrique acaba de passar de faixa também, para a amarela. Não consigo olhar pra essa foto e naum pensar nas palavras continuidade, renovação, ciclo, hereditariedade dentre outras... Quem sabe daqui a uns anos temos mais um faixa preta na área... rs

Que venha 2007 e com ele novas metas!






22 de dezembro de 2006

"...Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender!"

Meus caros, segue minha singela mensagem de boas festas a todos!

Abraços!


14 de dezembro de 2006

Khallice & Magna Carta

Estou escrevendo este post para compartilhar com vocês um momento muito bacana.

Quando gravamos o The Journey,às vezes brincávamos entre os membros da banda: -Pô, já pensou se a gente assinasse com a Magna Carta?

Surpreendentemente acabou acontecendo, e esa semana o nome da nossa banda entrou no cast do site deles, e o CD foi posto à venda (Em formato DigiPack...olha que chique!). É só o começo desta parceria, mas fiquei realmente orgulhoso de ver nosso nome no meio der tantos artistas que admiramos.


http://www.magnacarta.net/artists.html

http://www.magnacarta.net/khallice/khallice.html

http://www.magnacarta.net/releases/khallice.html

http://www.magnacarta.net/khallicebonus.html

Letras 8

Fui apresentado a um texto hoje pelo meu amigo Lucas Fagundes show de bola. À partir deste acabei encontrando outros...


Seguem alguns trechos interessantes:

"Eles sabem que a guerra é uma coisa tão cruel que convém mais aos animais ferozes que aos homens; tão furiosa que as próprias Fúrias, segundo os poetas, a vomitaram sobre a terra; tão funesta que arrasta consigo as desordens mais terríveis; tão injusta que geralmente é estimulada pelos mais infames bandidos; tão ímpia que é inteiramente contrária a Jesus Cristo; no entanto, esses vigários de um Deus de paz negligenciam qualquer outra ocupação para se entregar inteiramente a essa arte abominável. Vêem-se às vezes velhos decrépitos demonstrar nessas guerras um vigor de homem jovem, gastar quantias imensas para sustentá-las, expor-se com um ardor infatigável a todos os trabalhos que elas exigem, subverter sem escrúpulo as leis, a religião, a paz, e tornar-se enfim os flagelos do gênero humano. Acreditariam que há aduladores sagazes que ousam dar a essa fúria evidente os belos nomes de zelo, de piedade e de coragem, e que empregam toda a sutileza de seu espírito para provar que quem saca a espada e a enterra no peito do irmão pode no entanto conservar, no coração, aquela caridade perfeita para com o próximo que Jesus Cristo tanto recomendou a seus discípulos?"

Não, Erasmo de Roterdam fala aqui dos papas de seu tempo, e não de Bush e seus asseclas. Impressionante (in Elogio da Loucura).


*********************

Ele também fala, referindo-se a artistas metidos a besta:

"Quanto menos talento possuem, maior seu orgulho, sua vaidade, sua arrogância. Todos esses loucos encontram, porém, outros loucos que os aplaudem; pois, quanto mais uma coisa é contrária ao bom senso, mais ela atrai admiradores ; o que há de pior é sempre o que agrada a maioria; e nada é mais natural, posto que, como já vos disse, a maior parte dos homens são loucos. Ora, como os artistas mais ignorantes estão sempre muitos satisfeitos consigo mesmos e gozam da admiração da maioria, eles procederiam mal se fizessem um esforço infinito para adquirir verdadeiros talentos, que, afinal, apenas serviriram para fazer dissipar a idéia vantajosa que têm do próprio mérito, para torná-los mais modestos e para diminuir em muito o número de seus admiradores."

Valeu Lukete! (Me paga um chiclete?)

Fonte : http://www.verbeat.org/blogs/eporaqui/

Imagens 5

Pois é, nem gosto de cerveja. Mas gosto de cinema, de publicidade e principalmente de qualquer coisa verdadeiramente feita com criatividade, bom gosto e bom senso...

Achei demais esse comercial aqui:




E esse é sensacional. Nossa, como a figura do Slash é marcante...


12 de dezembro de 2006

Cool Things 4

Festa do Sindijus, sexta-feira 8 de dez.

Jota Quest e Zero10.

Mais de 20 mil pessoas, puta energia!

28 de novembro de 2006

Really Nice Fucking Amazing Cool Thing!



Nova formação do Tritone!

To aqui sem saber por onde começar este post...Sejamos diretos: Acabo de entrar no Tritone, no lugar do meu amigo Frank Solari.

Eu realmente acredito que quando a gente ama o que faz e se entrega de coração a isso as coisas acontecem e nossos sonhos se realizam. Neste caso, nem cheguei a sonhar com isso (apesar de ser um sonho pra qualquer guitarrista), mas o Tritone era formado por três das minhas maiores referências e influências na guitarra e posteriormente até na vida mesmo, já que me tornei amigo pessoal de todos os três.

Sempre organizei workshops aqui em Brasília pelo GTR e os três já estiveram aqui ensinando e encantando a galera com os seus talentos. Logo que saiu o primeiro CD do tritone, trouxe os três para uma edição do GTR in Concert, que se tornou histórica. A partir daí, estive sempre em contato principalmente com o Edu, pois sempre nos encontramos nas Expomusics e muitas vezes nossas bandas tocam no mesmo palco, principalmente aqui em Brasília. Com Frank e o Serj eu tive menos contato nos últimos anos, o primeiro por estar morando fora do país e o segundo por ter se mantido algum tempo fora do meio guitarristico (obviamente, não fora da música). Embora o contato não tenha sido assíduo, sempre que nos falávamos o clima era 100%, já que ambos são pessoas extremamente do bem.

Agora me veio uma imagem: Antes de eu ter GTR, e antes de existir Tritone. Eu moleque de tudo, com os meus 19, 20 anos viajei pra São Paulo com uns amigos para ver um show do Steve Vai. Não lembro exatamente a turnê de que disco. O fato é que nesse dia o Dr. Sin abriu o show e depois eu vi o Edu passando no meio da galera. Fiquei ali, meio - pô, que massa... O Edu ali... Rs Durante o show do Vai, um de meus amigos disse: - Eita é o Sergio na guitarra. Estudei com ele no GIT. No final do show meu amigo falou com o Serj, que, sempre muito educado e atencioso nos convidou a ir para o hotel bater um papo. Ficamos no saguão do hotel, conversando sobre guitarras, música, Steve Vai e tudo o mais que vocês puderem imaginar. Eu, obviamente, fascinado ouvindo as histórias e pensando o quão legal deveria ser estar trabalhando com um gênio como o Steve. Serj, se você ler isso, acho que você não sabe... eu era um dos dois moleques que estavam com o Eduardo, seu colega de GIT neste dia... Rs Que loucura essa vida...

Continuando...

Há pouco tempo, fui sondado pelo Serj se eu teria interesse em integrar a banda, já que o nosso amigo Frank encontra-se morando na Espanha. Segundo o Serj, mas inicialmente tudo ainda muito no "se rolar", "se a gente voltar" etc... a idéia seria gravar um CD novo em 2007. Claro que fiquei muito empolgado e feliz só de ter sido cogitada a hipótese, mas pra ser sincero, não achei que fosse realmente rolar e resolvi manter o pé no chão até que as coisas se confirmassem. Semanas depois um telefonema do Serj e tudo se confirma. Parece mentira, mas o Tritone voltou (o que já é demais) e pra completar, eu sou um dos integrantes da nova formação. WOW! Eu que acho o primeiro CD e o projeto em si uma das coisas mais bacanas em termos de guitarra realizadas me sinto realmente honrado com o convite. Como não canso de dizer, os três são geniais no que fazem e tenho certeza que, mais do que contribuir com a minha música vou aprender muito em muitos aspectos tocando com esses caras.

Eu e Edu estaremos no estúdio do Serj entre os dias 15 e 20 de dezembro, gravando uma faixa que sairá no CD solo do Serj, com lançamento previsto para o início de 2007. É o pontapé inicial de muito som que ainda vai rolar.

Tocar guitarra, fazer boa música e ao lado de amigos tão especiais quanto o Edu e o Serj... é... 2007 promete!

Preparem-se!

Quem quiser conhecer mais sobre o Tritone:

Tritone no MySpace:http://www.myspace.com/tritoneguitartrio

Para ouvir trechos das musicas do Tritone:

http://www.amipop.com/sergio/

http://sergiobuss.multiply.com/

http://www.purevolume.com/sergioserjbuss


Abraços!

27 de novembro de 2006

Imagens 4

Eu seu que isso é maldade... ficar rindo dessas coisas e tal. Mas mais engraçado que o cara tentando falar um texto simples como este é pensar que alguém parou e separou um tempo da vida dela, pra ilustrar isso com uma animação tosca, mas MUITO legal e tudo a ver com o que rola no áudio.

Quase morrí de rir!

Valeu Bemolator!

19 de novembro de 2006

Mano Velho 1 - Rodrigo Bragança




Sempre me considerei uma pessoa de sorte em vários aspectos. Um dos mais importantes é que independente da época que estou vivendo sempre estou em contato com amigos verdadeiros, talentosos, inteligentes, positivos e produtivos. Com alguns, por razões geográficas ou simplesmente pelas correrias do dia-a-dia terem tomado rumos distintos, tive o contato enfraquecido, mas sem nunca deixar de torcer pelo sucesso, celebrar as conquistas (mesmo que à distância) e relembrar os bons momentos vividos no passado. O interessante é notar que na maioria dos casos, mesmo nos raros momentos de re-encontros, a amizade permanece a mesma.

Rodrigo Bragança é um desses casos. Grande pessoa, grande músico e guitarrista dotado de sensibilidade e bom gosto muito acima da média. Tive o prazer de conviver com essa figura durante o meu segundo grau e alguns bons anos que se sucederam a essa época. Tivemos uma banda instrumental juntos, tocando Vai, Satriani e essas coisas que fizeram nossa alegria durante a adolescencia. Além disso éramos parceiros de estudos guitarrísticos, muitas vezes estudando com os mesmos professores e constantemente por horas a fio em companhia de um metrônomo ou sequencer. Bons tempos...

Mais recentemente, Rodrigo ministrou algumas oficinas no GTR muito interessantes.

O motivo deste post é que essa semana tive a oportunidade de olhar com calma o site pessoal deste camarada e mais uma vez me surpreendí com a qualidade e beleza do que ví. Um site interativo, clean, completo, sensível e de fácil navegação. Bem a cara de tudo que o Rodrigo faz.

Quem estiver quiser conhecer um pouco o trabalho desta figura de quem eu sou fã há muito tempo pode acessar esses dois links, garanto que vale muito à pena:

www.rodrigobraganca.com

www.giftmusical.com


Rodrigão, parabéns mais uma vez, você é genial!

15 de novembro de 2006

Letras 7

Se existe algo na palavra escrita que realmente mexe comigo é essa crônica. Sem palavras...

A última Crônica

Fernando Sabino

"A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

14 de novembro de 2006

Letras 6

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.

Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.''

Oscar Wilde

Cool Things 3

Domingo passado a Zero10 tocou no Show das Décadas, comemorando 60 anos do Ponto Frio.

Fomos a única banda de Brasília, ao lado de Titãs, Zélia Duncan, Toquinho e Orlando Moraes. Show de bola!

Coincidência: Encontrei o Lula Galvão no backstage. Nem sabia que ele tava tocando com a orquestra do Wagner Tiso neste evento. Maravilha...

7 de novembro de 2006

Matemática


Galera, por favor, quero deixar claro aqui que isso é uma brincadeira e que não sou nem um pouco machista. Na verdade sou um grande fã das mulheres.

Mas teremos que concordar que quem bolou isso é aqui é no mínimo muito inteligente e criativo.... Bom... eu morrí de rir.

Vai dizer que não é bom...?

9 de outubro de 2006

Letras 5

"Chico Buarque: lucidez e coerência

Sobre a crise política:

É claro que esse escândalo abalou o governo, abalou quem votou no Lula, abalou sobretudo o PT. Para o partido, esse escândalo é desastroso. O outro lado da moeda é que disso tudo pode surgir um partido mais correto, menos arrogante. No fundo, sempre existiu no PT a idéia de que você ou é petista ou é um calhorda. Um pouco como o PSDB acha que você ou é tucano ou é burro (risos).

Agora, a crítica que se faz ao PT erra a mão. Não só ao PT, mas principalmente ao Lula. Quando a oposição vem dizer que se trata do governo mais corrupto da história do Brasil é preciso dizer 'espera aí'. Quando aquele senador tucano canastrão diz que vai bater no Lula, dar porrada, quando chamam o Lula de vagabundo, de ignorante - aí estão errando muito a mão. Governo mais corrupto da história? Onde está o corruptômetro? É preciso investigar as coisas, sim. Tem que punir, sim. Mas vamos entender melhor as coisas. A gente sabe que a corrupção no Brasil está em toda parte. E vem agora esse pessoal do
PFL, justamente ele, fazer cara de ofendido, de indignado. Não vão me comover...

Preconceito de classe.

O preconceito de classe contra o Lula continua existindo - e em graus até mais elevados. A maneira como ele é insultado eu nunca vi igual. Acaba inclusive sendo contraproducente para quem agride, porque o sujeito mais humilde ouve e pensa: 'Que história é essa de burro!? De ignorante!? De imbecil!?'. Não me lembro de ninguém falar coisas assim antes, nem com o Collor. Vagabundo! Ladrão! Assassino! - até assassino eu já ouvi. Fizeram o diabo para impedir que o Lula fosse presidente.
Inventaram plebiscito, mudaram a duração do mandato, criaram a reeleição. Finalmente, como se fosse uma concessão, deixaram Lula assumir. 'Agora sai já daí, vagabundo!'. É como se estivessem despachando um empregado a quem se permitiu o luxo de ocupar a Casa Grande. 'Agora volta pra senzala!'. Eu não gostaria que fosse assim.

Eu voto no Lula!

A economia não vai mudar se o presidente for um tucano. A coisa está tão atada que honestamente não vejo muita diferença entre um próximo governo Lula e um governo da oposição. Mas o país deu um passo importante elegendo Lula. Considero deseducativo o discurso em voga:
'Tão cedo esses caras não voltam, eles não sabem fazer, não são preparados, não são poliglotas'. Acho tudo isso muito grave.

Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no social que o Lula tem mais condições de atender. Vai ficar devendo, claro. Já está devendo. Precisa ser cobrado. Ele dizia isso: 'Quero ser cobrado, vocês precisam me cobrar, não quero ficar lá cercado de puxa-sacos'. Ouvi isso dele na última vez que o vi, antes dele tomar posse, num encontro aqui no Rio.

Sobre o PSOL.

Percebo nesses grupos um rancor que é próprio dos ex: ex-petista,ex-comunista, ex-tudo. Não gosto disso, dessa gente que está muito próxima do fanatismo, que parece pertencer a uma tribo e que quando rompe sai cuspindo fogo. Eleitoralmente, se eles crescerem, vão crescer para cima do PT e eventualmente ajudar o adversário do Lula.

Papel da mídia.

Não acho que a mídia tenha inventado a crise. Mas a mídia ecoa muito mais o mensalão do que fazia com aquelas histórias do Fernando Henrique, a compra de votos, as privatizações. O Fernando Henrique sempre teve uma defesa sólida na mídia, colunistas chapa-branca dispostos a defendê-lo a todo custo. O Lula não tem. Pelo contrário, é concurso de porrada para ver quem bate mais.

MANIFESTO
Sobretudo, não votar em Alckmin Diante da proximidade do final do primeiro turno das eleições presidenciais, faz-se necessário vir a público a fim de dizer que não há razão alguma para votar no candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Fatos recentes relativos a dossiês e novos personagens envolvidos com o escândalo das sanguessugas aumentaram a temperatura da, até então, mais "morna das eleições" entre tantas ocorridas desde a redemocratização. Editoriais, diretores de redação de jornais e revistas, articulistas que se apresentam como "formadores de opinião pública", todos comprometidos com o chamado "jornalismo investigativo e independente", têm vindo a público defender o voto em Alckmin para
que o mesmo seja içado ao segundo turno. No entanto, vale a pena lembrar que a forma mais cínica de totalitarismo é a moralidade seletiva.

Desde a eclosão do escândalo dos sanguessugas pairam enormes dúvidas sobre a conivência ou não dos ex ministros da saúde com o esquema de superfaturamento das ambulâncias. Nesse caso, o tucano José Serra aparece com indícios fortes de implicação direta ou, no mínimo, conivência. Mais de 70% das ambulâncias superfaturadas foram liberadas em sua gestão no Ministério, várias para o Estado de São Paulo, do então governador Geraldo Alckmin.
Estranho, para não dizer surpreendente, que o "jornalismo investigativo e independente" de nosso país, não tenha se atentado
para essas questões na última semana. Será que estão satisfeitos com a nota publicada por Serra nos jornais se inocentando e dizendo que nada sabia? Por que para o "jornalismo independente e investigativo" o peso do "nada sabia" de Serra vale como declaração de idoneidade?

Esta "dupla medida" em relação à corrupção tucana indica o que acontecerá em um provável governo Alckmin. Pois, a respeito de Alckmin, não seria difícil lembrar aqui que, durante toda a campanha, o candidato tucano contentou-se em remixar um discurso arcaico de direita, com direito a bravata contra impostos, "gastança" pública, promessa de redução do Estado, de reformismo infinito da previdência e laivos de indignação contra a corrupção (na qual seu próprio partido está organicamente envolvido).

Ou seja, nada mais do que um candidato de direita em qualquer parte do mundo faria desde o início do século XX. Acrescenta-se a isto uma simpatia temerária por entidades proto-fascistas como a Opus Dei. Mas vale a pena tecer algumas considerações demoradas sobre os seus dois maiores pilares: ética e competência.

Podemos claramente imaginar o que acontecerá se Geraldo Alckmin ganhar a eleição. Ele irá impor uma lógica de abafamento e impedimento de CPIs que funcionou maravilhosamente bem na Assembléia Estadual de SP.
Uma lógica a respeito da qual seu partido é especialista, já que os oito anos FHC foram marcados pela impossibilidade de investigar a fundo todos os escândalos que marcaram o governo. Quem não se lembra da presteza do chamado " engavetador-geral da República", Geraldo Brindeiro?

Alckmin aprendeu muito bem esta lógica, tanto que nada foi investigado a respeito das suspeitas de compra de deputados estaduais via Nossa Caixa, das suspeitas de corrupção em órgão públicos como a CDHU, o Rodoanel, as privatizações de São Paulo, as doações de vestidos à sua mulher, a subvenção à revista de seu acumputurista, entre outros tantos. São mais de 60 CPIs arquivadas. Número dificilmente superável.

O Brasil quer voltar a esta época da corrupção silenciosa e "profissional"? Basta ver que sempre quando um tucano está em linha de mira, quando um mensaleiro tucano é descoberto (Azeredo), quando uma ligação com os sanguessugas é desvendada (Serra, Antero Paes de Barros), quando esquemas de financiamento ilegal são apontados (Furnas), as investigações param, tomam outro rumo e a imprensa perde gradativamente o interesse.
Ou seja, nenhuma indignação ética pode justificar um voto em Geraldo Alckmin e seu partido. Alckmin é aquele que, diante do fato de até mesmo FHC reconhecer que seu partido não teve a mínima dignidade ética ao fazer tudo para livrar a cara de Eduardo Azeredo, respondeu nada querer falar sobre o assunto. É com este silêncio que ele tratará todos os escândalos que envolveram seu partido nos últimos dez anos.
Por outro lado, sua alegada competência não resiste a uma análise isenta. Sua política desastrada de segurança pública alimentou a criação do PCC.

Ao ver o resultado desastroso de sua política de segurança, baseada apenas na truculência, no Encarceramento e no extermínio, Alckmin foi sequer capaz de uma mínima auto-crítica: "Se houvesse algum problema, eu já teria identificado", foi o que ele disse a este respeito.
Retrato clássico da arrogância de quem não consegue aprender com os próprios erros. Ao contrário, ele preferiu transferir
responsabilidades dizendo que o culpado era o governo federal, chegando a insinuar que algo como o PCC só poderia existir devido a algum conluio eleitoral, como se ele nada tivesse a ver com o problema. Isto a ponto de um jornalista ter-lhe dito: "Então tudo deu errado porque o senhor fez tudo certo?". Como se não bastasse, este "tocador de obras" conseguiu atrasar as datas de entrega de todas suas grandes obras. Sua política de educação colocou as universidades estaduais à míngua, algumas não têm sequer condição de pagar contas correntes. Seu secretário de Educação ( Chalita) chegou mesmo a maquiar
números a fim de tentar esconder os resultados calamitosos de sua política.

Não é por outra razão que, mesmo em seu Estado, Alckmin passou toda a campanha política em segundo lugar. Quem conhece Alckmin não parece disposto a votar em Alckmin. As razões acima e as dúvidas não respondidas nem pelos candidatos nem pelo "jornalismo investigativo e independente" dão a certeza de que o voto em Alckmin, de modo algum, representa o resgate da moralidade pública e, muito menos, o avanço das instituições democráticas republicanas.

Ao contrário, ele representa a volta da corrupção silenciosa, da complacência da mídia, da criminalização dos movimentos sociais e da agenda direitista mais pura e dura. Por isto, vários movimentos sociais, como o MST, a UNE e a CUT, dizem: sobretudo, não votar em Alckmin."

8 de setembro de 2006

Cool things 2

Expomusic 2006

Estive por um bom tempo afastado do blog por falta de tempo pra escrever. A Expomusic ( feira brasileira de música e music business) ocorreu na semana passada e pra quem já tem pouco tempo livre as semanas que a antecedem, assim como, obviamente a semana da mesma, são bem puxadas.

Normalmente a Expomusic acontece de quarta a domingo e em setembro. Neste ano ela começou um pouco mais cedo, no dia 30 de agosto, indo até 3 de setembro.

Há oito anos, se não me engano, compareço a todas as Expomusics. Nos dois primeiros anos como expectador, depois levando o meu material e fazendo contatos e há 3 ou 4 anos trabalhando mesmo. Nunca havia conseguido ficar todos os dias. Graças a Deus sempre tenho shows nos finais de semana e assim, conciliava os meus trabalhos na feira para acontecerem no máximo até sexta, para que eu pudesse voltar no sábado pela manhã e cumprir os meus compromissos. Lembro do BMF há dois anos atrás, ocasião na qual saí do aeroporto de Brasília diretamente para a passagem de som, no estádio Mané Garrincha. Ou no ano passado, que de São Paulo, na sexta feira, voei direto para Goiânia, onde o Khallice tocou com a banda Sueca Evergrey, seguindo para Brasília, onde toquei duas vezes na noite de sábado (khallice e em seguida Zero10) e de madrugada fui para Belo Horizonte onde encerramos a mini-tour com os companheiros europeus.

Este ano foi diferente. Muita coisa legal estava acontecendo e preferi pedir para um amigo me substituir no show da Zero10 sábado, para que eu pudesse ficar todos os dias na feira. Pra começar o lançamento de uma guitarra modelo Marcelo Barbosa pela Tagima, marca com a qual tenho ttrabalhado há pelo menos quatro anos. Além disso, eu tinha 15 compromissos durante a feira, dentre workshops meus, participações em workshops de outros músicos e demonstrações de equipamentos. Pra fechar com chave de ouro, dois ex-alunos e atuais professores do GTR foram escolhidos entre os dez melhores materiais enviados para a NIG dentre quase mil inscritos. Apesar de saber que o mérito é todo deles, dá um certo orgulho lembrar da molecada chegando pra fazer aula sem saber quase nada de música. O Bruno Albuquerque e o Lucas Fagundes mandaram super bem e divulgaram ainda mais um pouco o celeiro de bons músicos que é o Planalto Central.

Vou contar um pouco mais de como foi essa semana pra quem estiver interessado.

Apesar de meus patrocinadores arcarem com os custos da minha ida pra SP este ano preferi ficar na casa de meu amigo Sydnei Carvalho. Outros amigos estariam hospedados lá e tinha a certeza de que seria muito divertido.

Cheguei em Sampa um dia antes da feira, na terça, por causa do evento Tagima Dream Team in Concert, que aconteceria no mesmo dia no DirectTV Hall, com a participação de alguns endorsees. Eu fui convidado para tocar uma música no show do meu irmão Edu Ardanuy, o clássico Little Wing do mestre Hendrix. Como moramos em cidades diferentes combinamos de tocar a música na passagem de som, no dia do evento mesmo.

Do aeroporto fui direto para a casa do Sydnei onde almoçamos e fomos para o Expocenter Norte, local onde ocorre a Expomusic. Eu, o Alex Martinho e o Ricky Furlani fomos contratados pela NIG para demonstrar os pedais que serão lançados em breve pela marca (Show de bola, diga-se de passagem...). Chegando na Expo, receberíamos instruções sobre como a demonstração deveria ser feita além de testar equipamentos e conhecer a sala onde passaríamos cada um, duas horas e meia por dia. Surpresa: ao chegarmos no Expocenter fomos avisados que faltara luz e que a previsão de volta seria para cinco ou seis da tarde. Como ainda eram duas da tarde conversei com o Sydnei, peguei um táxi e fui para o local do evento da Tagima.

Chegando lá encontrei vários amigos, endorsees, vendedores, empresários, músicos que ali estavam para conhecer os novos lançamentos da linha Tagima 2007, dentre eles a MB-1, meu modelo signature. Fiquei muito feliz, pois todos elogiaram muito a MB-1, tanto pela beleza quanto pela qualidade do instrumento. Encontrei o Edu e passamos o som e a música. Em seguida fomos comer um sanduíche ali perto mesmo. Estávamos eu, o Edu, Juninho Afram, o Marcão (irmão do Edu), Marcelão MG Designer e em seguida chegou meu parceiro de Zero10 e GTR André Fantom com os meus conterrâneos.

O show foi um grande sucesso. Muita gente no público e shows de tirar o fôlego culminado em uma super Jam do estilo vale-tudo com o Titã Paulo Miklos no vocal.

Ao término do evento eu estava exausto. Já era mais de duas da madrugada e eu estava há quase 24 horas no ar correndo de um lado para outro. Peguei um táxi para a casa do Sydney e fiquei tentando ligar em seu celular para ele abrir a porta. Quando ele atendeu, uma nova surpresa. Eles ainda estavam no Expocenter norte e pediu que eu fosse para lá encontrá-los. Chegando lá, funcionários ainda montavam stands e um som vinha de dentro do auditório da NIG. Para minha surpresa, ao adentrar, vi o Alex deitado nas cadeiras e o Sydnei tocando com o Ricky no maior entusiasmo. Não acreditei no que estava vendo... 3 da manhã? Véspera de feira? Entrei de fininho, coloquei minha mochila sobre o tapete para usá-la como travesseiro e me deitei no chão. Mal encostei a cabeça no “travesseiro” ouço uma voz empolgada vindo do palco: - Marcelo, tira a guitarra! VAMOS TOCAR!!!!!!!!!!! Hahahahahahaha Adivinha o que aconteceu? Peguei a guitarra e fui tocar. Já ta no inferno abraça o capeta né? A jam rolou mais uma meia hora. Foi muito divertido apesar do cansaço.

Na quarta começou a feira, que durava sempre de 13 as 21, mas sempre acabávamos saindo de lá às 22 ou mais. Os dias eram basicamente iguar e sempre das 16 às 18 e 30 o meu compromisso era na sala de pedais da NIG demonstrando os mesmos. Nos outros horários muito som, muitos contatos, muita gente boa tocando, e a galera que ganhou o concurso da NIG detonando. Re-encontrei velhos amigos como o Sergio Buss, o Kiko, Marcelão MG o Alexandre da Elixir, enfim, uma galera. Toquei com velhos amigos que encontro poucas vezes por ano como o Juninho, O Joe, O Edu, Sydnei, Roger franco... Foi bem legal e muito inspirador.

Boas propostas surgiram e acredito que eu terei novidades em breve. Terminei a feira com a certeza de que assim que o CD do Khallice estiver pronto começo a trabalhar no meu solo. Quero estar com eles em mãos na feira do ano que vem.

Domingão depois da feira fomos todos jantar juntos. Mesma galera de sempre, mas dessa vez também o Kiko, o Fábio Lessa e alguns amigos e familiares. Comemos MUITO e falamos MUITA besteira no Outback! Galera divertidíssima e comida deliciosa!

Com certeza essa foi a melhor Expo da qual já participei, tanto pelos motivos já citados quanto pelo clima na casa do Sydnei e nos stands nos quais trabalhei. Que venham outras!

Agora, voltemos ao CD do Khallice!

13 de agosto de 2006

Letras 4

Auto-explicação
Olavo de Carvalho Época, 14 de julho de 2001

O articulista faz uma confissão pessoal

Como há um só articulista que escreve habitualmente contra o socialismo na imprensa de circulação nacional, e como o peculiar conceito socialista de democracia exige que não haja nenhum, todos os artifícios – da difamação às ameaças, da chacota à afetação de silêncio superior – já foram tentados para persuadir esse um a mudar de assunto. A última moda é adulá-lo, elogiar-lhe o estilo, lamber-lhe o ego até o total amolecimento de seu juízo crítico e então, quando ele está indefeso e derretido num mar de lisonja, lançar-lhe à queima-roupa a insinuação fatal: “Desista”.

Sugestão análoga às vezes vem de pessoas boas, sem nenhuma intenção perversa. É no olhar e no tom que se discerne, nas outras, o intuito de calar o articulista.
Infelizmente esse articulista sou eu. Digo “infelizmente” porque, com outro, o ardil talvez funcionasse. Já comigo ele não tem a menor chance, sendo eu uma alma impérvia e coriácea, sem outra ambição na vida senão a de fazer exatamente o que tem feito.

Os senhores – falo de meus aduladores interesseiros, e não dos demais leitores, é claro – não têm a menor idéia de como é bom, para um sujeito que ajudou a construir uma mentira na juventude, poder desmontá-la na maturidade, tijolo a tijolo, com a meticulosidade sádica do demolidor que não se contenta em derrubar paredes, mas quer ir até o último fundamento, arrancar a última pedrinha do alicerce e deixar o terreno limpo e nu como antes do início da construção.

Poder fazer isso é uma libertação, um alívio, uma antecipação terrena da paz eterna. Nada do que os senhores possam me oferecer vale isso. Nada. Muito menos a lisonja, que é a mais instável e inflacionada das moedas.

Mas não pensem que, quando falo em libertação, me refiro ao arrependimento, no sentido moral do termo. A libertação de que falo não é só moral, é existencial, é ontológica. É descobrir e provar, diariamente, que a vida humana não tem de ser um teatrinho de papelão, que ela pode ser integralmente real, que um homem pode passar do auto-engano e da farsa interior a uma existência de verdade, como Pinóquio deixou de ser um boneco para se tornar menino de carne e osso.

Nessas circunstâncias – repito Oscar Wilde –, dizer a verdade é mais que um dever: é um prazer. Mais que um prazer, é uma autêntica exaltação da alma, que ao descer da ilusão aos fatos descobre, pela primeira vez, a dimensão da altura e da profundidade, a estatura real do espírito. É uma descida que é ascensão, se me entendem.

Mas não entendem, não. Pessoas como os senhores não concebem o abandono das ilusões senão – mui estereotipicamente – como a troca dos belos ideais de juventude pelo realismo cru e egoísta da maturidade. Não vendo o que nesses ideais há de pura vaidade e soberba, de pura volúpia de poder camuflada em belas palavras, não podem compreender o que há de legítimo idealismo no sacrifício maduro da mentira juvenil. Aqueles que, abandonando o socialismo, caíram na amargura cética ou no oportunismo cínico não o abandonaram verdadeiramente. São seus escravos e hão de sê-lo eternamente. Cultuam-no em imagem invertida: vendo ainda nele o bem e lamentando apenas que seja um bem impossível, aderem à realidade como quem, após longa resistência, cede a uma tentação aviltante. Deixam o socialismo como quem trai um deus sem cessar de amá-lo.

Esses não entenderam nada. O socialismo nunca foi um deus ou um ideal. Foi uma mentira demoníaca e uma exploração da fatuidade das multidões. Abandoná-lo não é perder um ideal: é reconquistar a vida, a alma, o sentido do dever e a dignidade da missão humana.

É para mostrar esse bem aos que ainda o desconhecem que escrevo contra o socialismo. Os senhores, que não sabem nada disso, podem me atribuir projetivamente os motivos mais estapafúrdios: ódio, inveja, ressentimento, fanatismo, o diabo. Pouco me importa. Eu sei o que estou fazendo, e os senhores não sabem o que dizem.

“Como é bom, para quem ajudou a construir uma mentira na juventude, poder desmontá-la na maturidade”

15 de junho de 2006

Imagens 3

Hahahahahahah! Quase morrí de rir.

(Obrigado RVarotto)

Clique no homem e faça o que quiser!

http://www.planetdan.net/pics/misc/georgie.htm

;)

6 de junho de 2006

Letras 3

Apesar de não ser propriamente um fã de carteirinha do Guilherme Arantes, me deparei com uma matéria dele editada na Cover guitarra que achei tão boa que resolví procura-la na net. A matéria na íntegra me deixou ainda mais entusiasmado com a seriedade e lucidez do músico/compositor. Para nós, artistas independentes, é sempre bom ver alguém com notoriedade colocar a "boca no trombone". A minha humilde contribuição, é divulgá-la aqui.

Segue abaixo a matéria na íntegra. Vale a pena ler...

Hoje sou exatamente o que sonhei ser

por Guilherme Arantes10/02/2006


Motivado por recente artigo do colunista sobre os (des)caminhos de sua carreira fonográfica, no ano em que ele completa três décadas de obra solo pioneira no pop nacional e que prepara disco de inéditas em Salvador (BA), Guilherme Arantes mandou para o blog de 'Estúdio' um texto em que reflete sobre questões relativas ao conceito de sucesso, à indústria do disco, à mídia, à música e ao jogo de poder que envolve tudo isso. O texto questiona o conceito de injustiça atribuído à trajetória de Arantes pelo colunista e merece ser lido por conta da riqueza de idéias expostas pelo compositor." Mauro Ferreira

Lá vai:

"O significado da palavra 'limbo' tem muitas variantes. Pode ser a ausência de lembrança que sucede fase de superexposição, pode ser o castigo que o sistema reserva para quem teve o espaço tão cobiçado, mas também pode ser "o silêncio que precede o esporro" ..., o que não configura obrigação nenhuma de voltas triunfais, de resgate, tudo isso pode ser um grande engano.

Viver é melhor que sonhar, como diz o mestre Belchior, e a vida é infinitamente maior do que o êxito, o mercado, o senso comum e a opinião que as pessoas possam ter a respeito da gente... A verdade é que só pode "sumir" quem um dia "apareceu" ... e nisso fico tranqüilo, pois a minha "missão de aparecer" foi sobejamente cumprida nos anos da mocidade (e aí, sim, havia "obrigação" em conseguir brilhar) nas priscas e longínquas eras da beleza física... E como me fartei desse brilho!!! E acho que foi um brilho bonito, porque estranho.

O brilho pelo brilho não é nada, só vale pelo estranhamento que possa ter deixado. A indústria cultural, como qualquer outra, privilegia claramente o mito da juventude - empresas estabelecem até idade-limite para contratações no mercado, o que é uma injustiça enorme com a mão de obra madura e experiente. Mas isso é uma outra discussão - os mitos da juventude, do esplendor e decadência, da finitude da vida, ascensões e quedas, glória e ocaso, fazem parte da dialética mais rasteira e miserável que a humanidade construiu para, ela sim, perenizar-se no limbo. O mundo está no limbo. O mundo se esqueceu de si mesmo.

Eu não me esqueci jamais da música que eu amo, dos colegas que adoro, da belíssima história da música popular do Brasil, muito menos de mim, e nada tenho do que reclamar. Aliás, o estado de reclamação é o pior caminho para qualquer pessoa, especialmente o artista. Assim, o adjetivo "injustiçado" eu queria ver desde já banido de qualquer conversa a meu respeito. Quem? Logo eu?

É uma pecha cruel e aprisionante, assim como é o título de "maldito" aposto aos nomes de Mautner, Macalé, Walter Franco, Melodia, Itamar, Arrigo, a lista é longa .... Mas como o sistema é insidioso, delimita um nicho para cada pessoa ficar ali, quietinha, santificada e adorada em seu silencio petrificado. E hoje em dia, qual é o significado da palavra "sucesso"? Francamente... é só olhar a TV aberta ...

O fato é que o Brasil também se esqueceu de si mesmo. É hoje um espectro do que foi, um fracasso, uma decadência deprimente, que vive do passado e no passado, mas também não adianta ficar reclamando. Como parte desse passado, tenho (e sou gratíssimo) tantas execuções em rádios do segmento "adulto-contemporâneo" quanto os meus maiores ídolos, e me sinto em muitíssimo boa companhia nesse "esquecimento", junto com o que há de melhor de nossa música. É tanta gente, e de tal qualidade, que nem sei se mereço tamanha companhia.

Não vou aqui citar nomes de quem está realmente "esquecido", porque teria muita gente dos escalões principais, até mesmo gente que está "aparecendo" a toda hora, tentando de tudo pra aparecer, mas que está mortinha-da-silva e que se esqueceu de deitar.

Só para exemplificar, sem medo de interpretações controversas e represálias, cito alguns internacionais que fazem parte da "nossa turma": Elton John, Phil Collins, James Taylor, Peter Gabriel, Stevie Winwood, Christopher Cross, Al Stewart, Suzanne Vega, Tears for Fears, Everything But the Girl, Tracy Chapman, Cindy Lauper, Mark Knopfler... São só alguns que lembro agora, que amo, e que tocam muito, ali, juntinho com a gente...

As aparências enganam, o sistema é um engodo, e a indústria cultural é uma farsa - e já foi desmascarada incontáveis vezes. A indústria do sucesso adora mesmo é quando o artista morre. Esse é o artista perfeito. Ou quando deliberadamente desaparece. Não fica em público expondo seu "apodrecimento físico e moral", não fica tentando voltar à baila, enchendo o saco da mídia, vira santo e ergue um mito, pronto. Mas não é assim que funciona.

Teimamos em viver, porque (digo de novo) a vida é infinitamente maior do que tudo isso.

Quanto a um novo CD "comemorativo" dos 30 anos de carreira, com participações estelares, podem deixar isso pra lá... Foi uma idéia natimorta. Não vou angariar nenhum "tributo a Guilherme Arantes", usando meu prestígio para somar nomes de peso, criando artificialmente ganchos de marketing para me tornar mais palatável, seria ridículo. E digo mais : há álguns meses me propuseram fazer um CD de intérprete, com regravações de grandes sucessos de outros artistas, um "projeto especial", que recusei peremptoriamente, o tal "cover do cover" que está tão na moda.

Digo claro: estou e estarei sempre fora. Chega de "projetos". O Brasil virou a pátria dos "projetos", já perceberam?

O brasileiro hoje é um sujeito que está sempre precisando "sentar pra fazer um projeto", é toda uma nação que roda bolsinha com um "projeto na mão", memoriais descritivos e planilhas de viabilidade. Nada sai do papel, morre tudo na praia. No meu caso, isso seria na verdade "fazer um projeto para sentar "...

Se hoje estou fora do mercado, sem gravadora, é porque sempre tive personalidade demais, ninguém jamais me curvou a gravar o que eu não queria, de um jeito que eu não quisesse, minha profissão é de compositor, eventualmente e circunstancialmente um hitmaker. Sim, gravei coisas (uns meros 5%) para as quais hoje eu torço o nariz, mas foram erros meus. 95% do que gravei, eu adoro. Ah, como é bom estar nesta situação... Principalmente as mais desconhecidas, os chamados "Lado B" que dariam pra fazer uma caixa com 15 CDs, que eu chamaria orgulhosamente de "Os 100 Maiores Insucessos de Guilherme Arantes".

Dos "20 Maiores Sucessos", eu já estou de saco cheio, embora muitas dessas músicas eu ainda goste muito e cante nos shows, porque o que eu vendo é a minha vida, sentimentos, e é uma delícia compartilhar isso. Cansei é do senso comum. Pra mim, ele não vale nada.

Se, mesmo sem mídia alguma, faço uma média de 15 shows por mês (quem faz?) é porque só tem um jeito do público curtir minha música: ao vivo . E eu agradeço muito isso, pois vivo do que sonhei viver: da música, e nada mais. Minha profissão é de músico, não de celebridade. Sucesso, qualquer coisa faz.

Sucesso é esquema, é kit modernidade - personal trainer, web-designer, fashion-designer, assessoria de imprensa, assessoria de marketing e outros apêndices que fogem de minha função no mundo. Estou pouco me lixando para a modernidade, para o ser moderno, seja lá o que isso significa. Certo está João Gilberto em suas esquisitices. E como é adorável, moderno, atemporal. É apenas um homem e um violão. Esse é o Mestre, sem nenhum kit modernidade.

Vem aí um disco novo, sim, mas vai ser "apenas" um disco de carreira, com músicas novas. Em qualquer circunstância, digo do fundo da minha experiência que vale infinitamente mais um trabalho novo do que qualquer "jogada pra levantar", mais do que qualquer "projeto" espúrio de canibalização, de reprocessamento ou releitura.

O mercado está covarde. Resta a nós gerarmos o milagre - mas não foi sempre assim? Se fosse pra abaixar as calças, em 1976, há 30 anos, eu teria gravado em inglês, pois era isso que o "mercado" exigia. Somos teimosos. Somos tinhosos e perigosos. Estamos vivos, e podemos fazer um estrago que ninguém imagina.

Quero estar junto com os artistas desconhecidos, em começo de carreira sim, (re)começando sempre da estaca zero sem o menor problema. Em outubro de 1980 eu estava acabadinho e esquecidinho, sem gravadora, como manda o figurino do mercado, quando recebi em minha casa na Vila Mariana uma surpreendente ligação da Elis, pedindo uma música, ela havia se encantado com um disco meu (fracassadíssimo), Coração Paulista. Pois me lembro bem hoje, eu estava a 3 meses (!!!) de me tornar o número 1 dos FMs, "glória" essa que duraria 12 longos anos ... quem é que diria, àquelas alturas, que isso estava pra acontecer?

Durante aqueles 12 anos, jamais me enganei com o sucesso. Saía todos os dias dos ginásios lotados com 8.000 pessoas (pagantes, só pra me ver) e ia caminhar pela madrugada, no silêncio das ruas desertas, para ouvir os meus próprios passos marcando o tempo real no chão da realidade. Ainda bem que antes dessa carreira tresloucada e enganosa eu havia feito Arquitetura na USP, já era cabeça-feita, o pensamento andava longe, bem longe de toda aquela confusão das "paradas", do assédio...

Hoje, sou exatamente o que sonhei ser. Envelhecer, pra mim, é um objetivo, e eu juro pelo que há de mais sagrado que eu vou conseguir, e já estou conseguindo. Deus me livre de ficar eternamente jovem, e prefiro mil vezes ser bem esquecido do que mal lembrado. Sei que hoje o "mercado" é completamente previsível, as cartas estão muito mais marcadas. Mas estou muito mais com as surpresas, com as periferias. Enquanto houver sonhos vitoriosos, e não programados nas mesas de reuniões da ABPD, de artistas de verdade como Racionais MC's, O Rappa, Chico Science... O sonho existe e o que eu gosto mesmo é do novo. O resto, a poeira do tempo vai soterrar, sem o menor problema."

30 de maio de 2006

Letras 2

Letra inspiradora n° 5437!

Essa música foi gravada originalmente pelo Earth Wind and Fire, banda de black music da pesada. O interessante é que depois foi re-gravada pelo Stryper em uma versão super Hard Rock, muito boa! E mais recentemente poi Lenny Kravitz.

Shinning Star

When you wish upon a star
Dreams will take you very far, yeah
When you wish upon a dream
Life ain't always what it seems, oh yeah
Once you see your light so clear
In the sky so very dear

You're a shining star, no matter who you are
Shining bright to see what you can truly be
That you can truly be

Shining star come into view
Shine is watchful light on you, yeah
Gives you strength to carry on Make your body big and strong
Future roads for you to pass
Love to watch your mug past

The shining star, lucky you
The sinful redeeming shall be true
On an adventure of the sun, yeah
Yeah it's all awake and just begun
Yeah, thought I had to stir the mood
That's it now I got my own oh yeah

So if you find yourself in need
Why don't you listen to his words of heat
Be a child free of sin Be some place, yes
I can Words of Wisdom: Yes I can

You're a shining star, no matter who you are
Shining bright to see what you can truly be
You're a shining star, no matter who you are S
hining bright to see what you can truly be

Shining star for you to see, what your life can truly be
Shining star for you to see, what your life can truly be

Imagens 2

Recentemente comprei dois DVDs com os quais me divertí muito. Não apenas pela qualidade musical indiscutível, mas também por me relembrarem momentos distintos da minha infância/adolescencia.


Michael Jackson - Live in Bucharest: The Dangerous Tour

Esse é o cara! Na minha opinião, o mundo jamais conheceu ou conhecerá um artista como Michael Jackson. Carisma, talento, musicalidade tudo em um cara só. É uma pena que ele não tenha "segurado a onda"...

O show é sensacional, com praticamente todos os grandes hits do cantor, além de uma banda impecável. De resto, só assistindo mesmo.


Whitsnake - In the Still of the Night

Que coisa legal ver essa banda na ativa! Semrpe curtí muito o som do Whitesnake principalmente os álbuns 1984 e The Slip of the Tongue (que conta com Steve Vai nas guitarras).

Show perfeito, incrível como a banda soa bem e a energia de todos no palco. Rock'n Roll na veia!

O interessante é que a banda conta com dois guitarristas e um deles é o Reb Beach, que foi guitarrista do Winger. Aqui o mesmo aparece de cabelo liso, quase irreconhecível e infelizmente, servindo mais como um guitarristas de apoio para Doug Aldrich, também muito bom guitarrista. De qualquer forma foi bom ver o velho Reb em ação com seu estilo inconfundivel.

Não preciso comentar sobre a voz do Coverdale né? Legal ver que a idade não o atrapalhou em nada vocalmente falando. Puta show! Recomendo...

23 de maio de 2006

Cool Things 1

Acabo de chegar de Curitiba onde fui gravar uma participação no trabalho do Serj (Sergio Buss).
A CD deve ficar pronto no início do segundo semestre e está uma paulada! Produção, composição e playing nota 1000!

Parabéns ao Serj pelo lindo trabalho e pelo talento como músico e produtor!

17 de maio de 2006

Imagens 1

Dando aula em uma escola com mais de 300 adolescente, a grande maioria viciada em internet, acabo tendo contato com muita besteira e ao mesmo tempo muita coisa interessante encontradas na rede. Esses dias um amigo/colega de trabalho/aluno me mostrou esse vídeo da Disney que foi produzido em 1935 como parte da série Silly Symphony.

A histótia é bem interessante, duas terras rivais, separadas pelo Mar da Discórdia: a Ilha do Jazz e a Terra da Simfonia. A trilha é demais, gravada por excelentes músicos de Jazz e música erudita e os diálogos todos feitos com som de instrumento imitando as nuances da voz humana.

Divirtam-se!

16 de maio de 2006

Letras 1

Quem dera eu tivesse o dom de escrever bem como um grande escritor tipo Gabriel Garcia Marques ou Edgar Allan Poe. Na verdade nem precisava tanto. Nessa vida não vai dar, gasto muito tempo tentando ser um bom músico. Vou lendo e me preparando p´ra quem sabe em outra encarnação. ;)

De qualquer forma, livros e textos bem escritos me inspiram e encantam. Abaixo segue um texto que caiu na minha mão há alguns anos e que retrata muito do que penso, podendo ser adaptado pra qualquer aspecto da arte ou mesmo da vida.

Os roedores da glória

JOSÉ INGENIEROS(1877-1925)

De O Homem Medíocre, trad. Gesner de Wilson Morgado, Rio, Melson, 1963.

Todo aquele que se sente capaz de criar um destino, com o seu talento e com o seu esforço, está inclinado a admirar o esforço e o talento nos demais; o desejo da própria glória não pode sentir-se coagido pelo legítimo enaltecimento alheio. Aquele que tem méritos sabe o que eles custam, e os respeita; estima, nos outros, o que desejaria que os outros estimassem nele. O medíocre ignora esta admiração franca: muitas vezes se resigna a aceitar o triunfo que ultrapassa as restrições da sua inveja. Mas aceitar não é amar, resignar-se não é admirar.

Os espíritos de asas curtas são malévolos; os grandes engenhos são admirativos. Estes sabem que os dons naturais não se transformam em talento ou engenho sem um esforço, que é a medida do seu mérito. Sabem que cada passo no sentido da glória custa trabalhos e vigílias, meditações profundas, tentativas de fim, consagração tenaz, a esse pintor, a esse poeta, a esse filósofo, a esse sábio; e compreendem que eles consumiram porventura o seu organismo, envelhecendo prematuramente; e a biografia dos grandes homens lhes ensina que muitos renunciaram o repouso ou o pão, sacrificando, tanto um como outro, a fim de ganhar tempo para meditar, ou para comprar um livro iluminador de suas meditações. Essa consciência daquilo em que o mérito importa, os faz respeitar. O invejoso, que o ignora, vê o resultado a que os outros chegam e ele não, sem suspeitar quantos espinhos foram semeados no caminho da glória. Todo escritor medíocre é candidato a criticastro. A incapacidade de criar impele-o a destruir. Sua falta de inspiração o induz a corroer o talento alheio, empanando-o com especiosidades que denunciam a sua irreparável inferioridade. Os altos engenhos são equânimes na crítica de seus iguais, como se reconhecessem, neles, uma consangüinidade em linha direta; no êmulo, não vêem nunca um rival.

O verdadeiro critico enriquece as obras que estuda, e em tudo o que toca deixa um rastro de sua personalidade., Os criticastros, que são, por instinto, inimigos da obra, desejam diminui-la, pela simples razão de que eles não a escreveram. Nem saberiam escreve-la, se o criticado lhes contestasse: "Faze-a melhor". Têm as mãos travadas por fitas métricas; seu afã de medir os outros corresponde ao sonho de rebaixá-los até à sua própria medida. São, por definição, prestamistas, parasitas, vivem do alheio, pois se limitam a baralhar, com mão hábil, o mesmo que aprenderam no livro que procuram desacreditar. Quando um grande escritor é erudito, reprovam-no como falto de originalidade; se não o é, apressam-se a culpá-lo de ignorância. Se emprega um raciocínio que outros usaram, denominam-no plagiário, embora assinale as fontes da sua sabedoria; se omite a assinalação, acusam-no, por serem vulgares, de improbidade. Em tudo encontram motivo para maldizer e invejar, revelando a sua antipatia interna.

O criticastro medíocre é incapaz de alinhavar três idéias fora do fio que a rotina lhe sugere. Sua bojuda ignorância obriga-o a confundir o mármore com o mecaxisto, e a voz com o falsete, inclinando-o a supor que todo o escritor original é um heresiarca. Os pacóvios dariam o que não têm, para saber escrever um pouquinho, para serem incorporados à crítica profissional. É o sonho dos que não podem criar. Permite uma maledicência medrosa e que não compromete, feita de mendacidade prudente, restringindo as perversidades para que fiquem mais agudas tirando aqui uma migalha e dando ali um arranhão, velando tudo o que pode ser objeto de admiração, rebaixando sempre com a oculta esperança de que possam aparecer a um mesmo nível os críticos e os criticados. O escritor original sabe que atormenta os medíocres aguilhoando-lhes essa paixão que os desespera em face do brilho alheio; o desespero dos fracassados é a lucro que melhor pode premiar o seu labor luminoso. O ridículo de um Zoilo chega sempre a andar passo a passo com a glória de um Homero.

Fermentam, em cada gênero de atividade intelectual, como pragas pediculares da originalidade; não perdoam aquele que incuba, em seu cérebro, essa larva silenciosa. Vivem para manchá-lo ou destroná-lo, sonham com o seu extermínio, conspiram com uma intemperança de terroristas, esgrimem sórdidas calúnias que fariam enrubescer um paquiderme. Vêem um perigo em cada astro e uma ameaça em cada gesto; tremem, pensando que existem homens capazes de subverter rotinas e preconceitos, de acender novos planetas no céu, de arrancar sua força aos raios e às cataratas, de infiltrar novos ideais às raças envelhecidas, de suprimir as distâncias, de violar a força de gravidade e de abalar o governo...

Os espíritos rotineiros são rebeldes à admiração: não reconhecem o fogo dos astros porque nunca tiveram, em si, uma única chispa. Jamais se entregam de boa-fé aos ideais ou às paixões que lhes assaltam o coração; preferem opor-lhes mil raciocínios, para privar-se do prazer de admirá-los. Confundirão sempre o equívoco e o cristalino, rebaixando todo ideal até às baixas intenções que supuram em seus cérebros. Pulverizarão todo o belo, esquecendo que o trigo moído e feito farinha já não pode germinar em espigas douradas, à luz do sol. "É um grande sinal de mediocridade - disse Leibniz - elogiar sempre moderadamente". Pascal dizia que os espíritos vulgares não encontram diferenças entre os homens : descobrem-se mais tipos originais, à medida que se possui maior engenho. O criticastro é miserável; admira um pouco todas as coisas, mas nada merece a sua admiração decidida. Aquele que não admira o melhor, não pode melhorar. Os que não sabem admirar não têm futuro. É uma covardia aplacar a admiração; é preciso cultivá-la, como fogo sagrado, evitando que a inveja a cubra com a sua pátina ignominiosa.

13 de maio de 2006

Sejam bem-vindos!

Bom, a idéia de criar um blog surgiu por uma necessidade minha de ter uma parte mais informal no site. Um local para posts pessoais, nos quais eu pudesse escrever futilidades e banalidades do dia-a-dia sem precisar do meu webmaster para isso, e também sem desvirtuar a seriedade de um site pessoal, que é também, em meu caso, um instrumento de trabalho.

Pretendo postar aqui desde comentários e indicações a respeito de livros e filmes, que são meus passa-tempos preferidos, até frases bem-humoradas e filosofias banais, nascidas de papos-cabeça tidos em uma caminhada no parque ou numa mesa de buteco. (Aff!)A idéia é usar esse espaço como mais um meio de interação com os visitantes do site e ao mesmo tempo como um espaço no qual eu possa registrar momentos, sentimentos e pensamentos não do meu cotidiano, mas sim que eu ache que por algum motivo deva ser compartilhado com outras pessoas.

Como não tenho muito tempo livre, provavelmente o volume de posts, principalmente nos quais eu precise escrever muito, não será grande, mas tentarei manter uma regularidade.

Pra quem gostou da idéia, seja bem-vindo e volte sempre, para quem não é só não acessar... Simples assim ;)

Abraços e beijos a todos! (vcs sabem quem ganha beijo e quem abraço...)

9 de abril de 2006

BIOGRAFIA

Marcelo Barbosa começou a tocar guitarra aos doze anos de idade. Durante alguns anos, estudou com vários professores, mas principalmente Allan Marshall, que lhe ensinou os princípios da Harmonia e da Improvisação.

Aos dezessete já era músico profissional e lecionava em duas das principais escolas de Brasília. Nesse mesmo período, começa a tocar na noite brasiliense, acompanhar cantores e participar de gravações como músico contratado.

Em 1996, decide montar a sua própria escola. A idéia era fundar um instituto especializado em guitarra, coisa até então inédita em Brasília. Marcelo Barbosa escreveu todo o material didático e, além de lecionar, coordenava os outros professores. O GTR cresceu e hoje é uma das referências no ensino da guitarra no país, tendo atendido a mais de quatro mil alunos ao longo da sua história e conta, atualmente, com mais de 500 alunos matriculados em três unidades.

Ao longo dos anos, Marcelo Barbosa participou de diversos cursos com nomes como Greg Howe, Lula Galvão, Hélio Delmiro, Toninho Horta, Guinga, Ian Guest dentre outros, aprimorando a sua técnica e sua musicalidade.

No ano de 2000, Marcelo começa a trabalhar com a banda de Pop/Rock Zero10, tocando nas principais casas de shows de Brasília, assim como em eventos particulares.

Em 2001, Marcelo é convidado a integrar o time de colunistas da conceituada publicação nacional de guitarra Guitar Class, onde permaneceu colaborando por quase dois anos.

Em 2002, Marcelo embarca para os EUA a fim de participar de um curso de verão na Berklee Colege of Music, a mais conceituada faculdade de música do mundo. Dentre mais de 400 guitarristas de todo o mundo, Marcelo é um dos doze selecionados para ganhar uma bolsa de estudos para o curso regular da faculdade.

Em 2003 acontece o lançamento do primeiro CD da banda Khallice, The Journey, que recebe excelentes críticas em revistas e sites especializados, e é indicado como um dos melhores álbuns de metal do ano pela revista Roadie Crew.

Ainda em 2003, é convidado a participar do CD Guitarras do Cerrado, uma coletânea que reúne cinco dos mais expressivos nomes da guitarra brasiliense. Marcelo grava duas músicas inéditas e instrumentais para esse projeto, e começa a divulgar o seu trabalho solo.

Em janeiro de 2004, o CD do Khallice, já esgotado, é re-lançado pelo selo paulista Hellion, e dessa vez distribuído também na Europa e em outros países da América do Sul. The Journey mais uma vez recebe excelentes críticas da mídia especializada, dentro e fora do Brasil.

2005 foi o ano de dois novos lançamentos fonográficos para Marcelo. A coletânea Metal do Cerrado (GRV) com cinco bandas expressivas de metal do DF conta com duas músicas do Khallice e o primeiro CD autoral da banda Zero10 intitulado Novo Dia.

No segundo semestre de 2005 recebe o convite para escrever mensalmente para uma das maiores revistas especializadas do Brasil, a Cover Guitarra permaneccendo em seu time de cooolunistas até hoje.

Ainda em 2005 Marcelo viajou por várias cidades do Brasil como São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte e Goiânia, ministrando workshops e fazendo shows ao lado da Khallice.
Marcelo acaba de escrever um método sobre técnica da série Toque de Mestre da editora paulista HMP que será lançado ainda no começo de 2006 sendo vendido nas bancas de revistas de todo o Brasil.

Outros lançamentos ainda para o primeiro semestre de 2006 são um DVD ao vivo e o segundo CD do Khallice.

Marcelo Barbosa ainda trabalha ao lado de diversas marcas, ajudando a desenvolver e divulgar os seus produtos. São elas Guitarras Tagima, cordas Elixir, amplificadores Warm Music e cabos Santo Ângelo.
 
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