X GTR in Concert

Na quarta feira da semana que vem (dia 29) eu, o Bruno Albuquerque e o Lucas Fagundes (dois ex-alunos meus que se tornaram excelentes guitarristas e grandes parceiros) estaremos tendo o prazer de dividir o palco com nada menos que Richie Kotzen. Ex-membro de bandas como Poison e Mr. Big e dono de uma carreira solo com MUITOS cds lançados, Kotzen sempre foi uma grande influência e será um enorme prazer fazer parte deste evento.

Além disso, o GTR está realizando um workshop com mesmo na tarde do dia 29.

Os ingressos estão sendo vendidos nos GTRs e maiores informações podem ser obtidas pelo fone 61 3245 7140.

Vejo vocês lá!

P.S Lembrei deste post aqui: http://marcelogtr.blogspot.com/2008/02/hanging-out-with-kotzen.html

Letras 32 - Adendo

"Não é possível saber, totalmente, o que se passa dentro de cada ser, porém, quando chega a hora da inevitável colheita, saberemos o que cada um andou plantando ao longo do caminho”.

Roberto Lages

Letras 32

Engraçado, outro dia eu conversava com uma amiga e falávamos como apreciamos pessoas nmuitas vezes tidas como extremistas. Pessoas que para elas, sim é sim e não é não. Que sabem o que fazem e o que não fazem claramente. Mais do que isso, de quem sabemos o que esperar e o que não esperar. Como me considero até certo ponto um pouco assim, foi bom ouvir um elogio ao invés das comuns críticas a esse tipo de personalidade. A propósito, ela também é assim.

Ok, hoje a Carol me mandou um texto que quando li senti tamanha identificação que acredito que eu mesmo o poderia escrito. (Se escrevesse tão bem quanto Nizan Guanes, claro)

Quem já conversou comigo sobres esses assuntos vai reconhecer várias partes.

Obrigado Carol, por esse presente maravilhoso!


Discurso de Nizan Guanaes na formatura da FAAP

Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, sou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.

Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar.

E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: "Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde: "Eu também não, meu filho".

Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar em realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna. Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu. Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina. Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito.

É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro.

Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não sente-se e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!

Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansear, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.

O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho. Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso.

Vai ser bom, não foi?

No fim de semana passado tive mais um "bate e volta", desta vez para a cidade maravilhosa. Boa notícia para todos: O Rio de Janeiro continua lindo! Infelizmente, o periodo que passei lá foi tão curto, que não deu tempo de aproveitar os encantos da cidade.

O show estava marcado para domingo, dia 05 de abril, no Circo Voador, um dos mais tradicionais locais para shows do Brasil. Mas minha saga começou no sábado, dia 04, já que tenho um contrato para tocar todos os sábados da minha vida (pelo menos por enquanto) em um pub aqui em Brasília, chamado UK Brasil. Toco com a minha banda de pop/rock, Zero10 e a casa está sempre muito cheia, com bastante gente bonita e divertida, além do lugar ser super bacana. Fica a sugestão pra quem estiver por aqui em um final de semana desses... O show da Zero10 acabou perto das 3:00 da manhã e eu estava esperando o nosso roadie colocar meu equipamento no carro para ir embora quando surpreendemente meu telefone toca: TRIMMM . Quem poderia ser àquela hora da madrugada? Era a minha amiga Kaká, que apesar de morar em SP estava aqui em Bsb para passar a semana santa com a família.

- Já comeu?
- Não.
- Vamos tocar um café?
- Hum... (pensando que nem a mala tinha arrumado ainda) ... Vamos! (Pensando que a encontro super pouco e que sabe-se lá quando isso ocorreria novamente...)

A Kaká passou na porta do UK e fomos para o McDonalds, tomar um McCafé...rs Foi bem rapidinho, mas deu tempo dela me contar que essa era a última semana livre dela antes de começar os ensaios do Hair Spray, musical no qual ela mais uma vez trabalhará com Miguel Falabella e outros "globais"... Fiquei feliz pela notícia, apesar de não ser nenhuma novidade. Já algum tempo que ela emenda um espetáculo no outro estando sempre em cartaz em produções bacanas. Tá de parabéns mais uma vez. Rs ;)

Ixi, quase 4 ... o vôo sai 8:30 o que significa que tenho que estar no aeroporto 7:30 e pra isso acordar 6:30. Por que DEUS? Deito às 4 e pouco, despertador programado para 6:30, duas horas de sono... deve ajudar. Vou dormir, boa noi... TRRIIIIIIIIMMMMM!!!!!! Não é possível! Ok, não adianta reclamar. Levanta, toma banho, arruma a mala (só pra um dia até que é fácil), confere o equipamento e vamos chamar um taxi. Ops... já são 7:15... e se o taxi demorar a chegar? Na dúvida, como é só um dia, vou no meu carro, deixo ele no aeroporto e pego ele amanhã. Embarquei e passei o vôo todo meio que dormindo meio que acordado.

Pousei no RJ por volta das 10 da manhã. O contratante me esperava no aeroporto (Rodrigo se não me engano, cara super nota 10) e de lá, fomos para o outro aeroporto, buscar o Edu e o Felipe que chegariam pela ponte aérea. Moreira e Paulo haviam chegado um dia antes.
Fomos então para o hotel, em Copacabana, perto do hotel onde fiquei no show do Khallice com o DT ano passado... Checkin no hotel perto de meio dia, almoço marcado para 13, já que a passagem de som seria às 14 horas. Eba, dá tempo de dormir um pouq..... TRIIMMMMMMMM!
INFERNO! Não é possível! Ok... Almoço em um restaurante bem bom, que nos disseram ser do Martinho da Vila. Acho que o nome era Graça da Vila ou Vila da Graça... algo assim.

Passagem de som: chegamos pouco depois das 14 ao Circo Voador e fiquei muito contente com o que vi. O lugar é MUITO legal. Um dos mais legais em que já toquei. Além disso, os equipamentos eram de primeira e todos os técnicos, além de muito capacitados, eram super gente fina e prestativos. (Como a maioria dos cariocas...) A passagem se extendeu por pouco mais de três horas e eu soube na volta para o hotel (quase 6 da tarde) que tínhamos que estar no palco às 8, ou seja, no Circo antes disso. Ok, cada um tem o descanso que merece... marcamos 7:15 no lobby. Vou encostar um pouco aqui na cama e tent....TRIIIIIMMMMMM Zombie mode: on

Show Time: Chegamos lá e a primeira banda já havia terminado o show de abertura. Pensei se minha tia tinha chegado na hora com o meu tio e se alguns amigos com quem eu havia marcado estariam lá. Não dava tempo de conferir... O show em si foi muito legal. Eu adoro o público do Rio de janeiro e este show me fez gostar mais ainda. Legal ver a galera cantando as músicas do Almah e a empolgação de cada um no início da sua música favorita. Além disso havia uma coisa gostosa, uma áura ou coisa assim de estar tocando num palco onde tantas bandas consagradas começaram a sua carreira. Durante o show consegui avistar minha tia e meu tio, ambos com a camiseta do GTR. Assim ficou fácil... rs Apesar do calor que fazia em cima do palco e do cansaço da viagem curti muito cada momento, e acredito que o público presente também.

Terminando o show ficamos um pouco pelo backstage, recebemos alguns fãs, amigos, tiramos fotos e demos autógrafos. Conversei um pouco com a minha tia e com o Varotto, que era um dos amigos que eu esperava ver por lá. Fiquei feliz por eles terem comparecido. Saimos de lá por volta das 11 da noite e decidimos deixar o equipamento no hotel antes de ir para onde comeriamos alguma coisa antes de dormir. Fomos a um lugar chamado Sindicato do Chopp (Acho que é isso) que fica bem na orla, acho que em Copacabana mesmo... ou perto... sei lá. Enfim, a comida é muito boa e dizem que o chopp também, mas sabe qual é o problema? As quatro últimas vezes que estive no RJ, pessoas diferentes, que não se conhecem me levaram exatamente para este mesmo lugar. Tô começando a achar que existe alguma coisa aí... quem sabe um bom desconto ou isenção de pagamento pra quem leva turistas lá. Para não alimentar a minha fama de rabugento e não demorar mais tempo ainda pra dormir não reclamei, até porque adoro a picanha com farofa de ovos que eles fazem lá. Além da banda, estavam também algumas pessoas da produção do evento. Demos boas risadas, galera super gente fina. Pouco antes de uma da manhã meu sono já me consumia. Como sabia que o hotel não era longe e que o pessoal ainda tava comendo e tomando umas e outras, avisei que estava indo a pé, afinal, uma caminhada pela orla não faria mal. Felipe e Paulo resolveram me acompanhar.

Chegamos ao hotel uma e pouco e depois de um breve bate-papo com o meu companheiro de quarto Felipe eu já estava dormindo. Como eu deveria estar no lobby do hotel às 8:30 para a van me levar ao aeroporto, poderia acordar 7:30, para tomar um banho e comer alguma coisa. Finalmente poderia dormir um pouco mais e acordar descans.... TRRRRRRIIIIIIIIMMMMMMMMM! RAIOS! Banho, café, van, aeroporto, avião, aeroporto, MEU CARRO (em tempo: paguei R$ 41 pela diária do carro no estacionamento, o que é mais ou menos o preço de cada corrida de taxi até a minha casa. Como precisaria de duas, ida e volta, economizei R$41) eeeeeeeeeee GTR. Já era mais de meio dia e eu tinha que dar aula às duas da tarde até as oito da noite.

Obrigado a todos os presentes no show do RJ. Espero ve-los novamente em breve!

Cada um tem a VIDA que faz por merecer! Afinal... eu adoro essa vida! ;)

+ 1

Há alguns dias terminei de ler o livro que havia começado em minha última viagem com o Almah. Apesar de ser uma leitura extremamente fácil e com uma história fascinante levei um pouco mais de tempo para lê-lo do que imaginei, já que minhas últimas semanas foram absurdamente tumultuadas. Além de um texto estimulante o autor oferece um belo ensinamento de vida para quem souber aproveitar. A história do livro é permeada por citações de Chopenhauer e também por uma pequena biografia do mesmo. Não é a toa que virou best seller. Muito bom!

Obrigado Aninha pelo presente, sem dúvida acertou em cheio!