16 de outubro de 2009

Letras 37

Recebi hoje um email delicioso da minha amiga Iza que disse ter lembrado de mim enquanto lia Rubens Alves. O maravilhoso trecho transcrito em seu email era este aqui:

"A vida é feita de perdas. Fiquei comovido, dias atrás, vendo fotos dos meus filhos quando eles eram meninos. Aquele tempo passou. Aquela alegria mergulhou no rio do tempo. Não volta mais. Há, assim, um trágico que não está ligado a "eventos trágicos". Está ligado à realidade da própria vida. Tudo o que amamos, tudo o que é belo, passa. Mas é precisamente desse sentimento que surge uma coisa maravihosa, motivo de riqueza espiritual: a arte. Os artistas são feiticeiros que tentam paralisar o crepúsculo. Eternizar o efêmero. Todas as vezes que ouço aquela música ou leio aquele poema, o passado ressuscita. A beleza da arte nasce da tristeza. Se não houvesse tristeza, não haveria arte. Diz o Jobim: "Assim como o poeta só é grande se sofrer..." Certo. Sem tristeza não haveria Cecília, Adélia, Pessoa, Chico, Beethoven, Chopin. A obra de arte ou é para exprimir ou para curar o sofrimento".

Obrigado pelo email Iza. Bom demais! ;)

Um comentário:

Mary disse...

Gostei muito deste trecho do Rubens Alves. Ele escreve muitas coisas que nos fazem refletir.
Beijos!

 
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