20 de julho de 2010

Feliz dia do Amigo a todos vocês!

Em 2006 postei aqui um texto do Oscar Wilde que tem tudo a ver comigo.(http://marcelogtr.blogspot.com/2006/11/letras-6.html)  Hoje, ao recebê-lo por email devido ao dia do amigo, resolvi aproveitar a oportunidade e publica-lo aqui de novo.

Feliz dia do amigo, especialmente para os MEUS amigos. Vocês sabem quem são. ;)  

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco.

Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.''

Oscar Wilde     

19 de julho de 2010

Trilha Sonora

Lines In The Sand

(John Petrucci) 

 

Sometimes, for a moment of bliss
And the passion, we're craving
There's a message we miss
Sometimes when, the spirits left alone
We must believe in something
To find if we've grown

Tragic reflex, shattered calm
Static progress, senses gone
Numb awareness, final salm

Swept away with the tide
(Swept away with the tide)
Through the holes in my hands
(Through the holes in my hands)
Crown of thorns at my side
(Crown of thorns at my side, yeah, yeah, yeah)
Drawing lines in the sand

Sometimes, if you're perfectly still
You can hear the virgin weeping
For the savior of your will
Sometimes, your castles in the air
And the fantasies you're seeking
Are the crosses you bear

Sacred conflict, blessed prize
Weeping crosses, stainless eyes
Desperate addict, faith disguised

Swept away with the tide
(Swept away with the tide)
Through the holes in my hands
(Through the holes in my hands, yeah)
Crown of thorns at my side
(Crown of thorns at my side)
Drawing lines in the sand

We fabricate our demons
Invite them into our homes
Have supper with the aliens
And fight the war alone
We conjure up our skeletons
Enlist the den of thieves
Frightened from our closets
Then sewn upon our sleeves

In the stream of consciousness
There is a river crying
Living comes much easier
Once we admit
We're dying

Sometimes, in the wreckage of our wake
There's a bitterness we harbor
And hate for hatred's sake
Sometimes we dig an early grave
And crucify our instincts
For the hope we couldn't save

Sometimes a view from sinless eyes
Centers our perspective
And pacifies our cries
Sometimes the anguish we survive
And the mysteries we nurture
Are the fabrics of our lives

Swept away with the tide
(Swept away with the tide, yeah)
Through the holes in my hands
(Through the holes, holes in my hands)
Crown of thorns at my side
(Crown of thorns in my side)
Drawing lines in the sand

18 de julho de 2010

Letras 49

" III. O CARATER IDEALISTA

Nem dante conseguiria elevar Gil Blas, Sancho e Tartufo ao ponto mais alto do paraíso onde moram Cyrano, Quixote e Stockmann. São dois mundos morais, duas raças, dois temperamentos: Sombras e Homens. Seres desiguais não podem pensar da mesma maneira. Sempre haverá um contraste evidente entre o servilismo e a dignidade, a mediocridade e o gênio, a hipocrisia e a virtude. A imaginação dotará alguns de impulso original para o perfeito; a imitação organizará em outros os hábitos coletivos. Sempre haverá, por força, idealistas e medíocres.

O aperfeiçoamento humano se realiza em ritmo diferente nas sociedades e nos indivíduos. A maioria possui uma experiência subordinada ao passado: rotinas, preconceitos, domesticidade. Os poucos eleitos não variam: ao contrário de Anteu, que ganhava um novo ânimo quando tocava o céu, aqueles recobram-no ao fixar o olhar nas constelações distantes e aparentemente inacessíveis. Esses homens, que buscam a perfeição e estão predispostos a se emanciparem de seu rebanho, são os "idealistas". A unidade do gênero não depende do conteúdo intrínseco de seus ideais, mas de seu caráter: é idealista aquele que persegue as quimeras mais contraditórias, desde que elas impliquem em exaltação. Os espíritos iluminados por algum ideal são adversários da mediocridade: sonhadores contra os utilitário, entusiastas contra os apáticos, generosos contra os calculistas, indisciplinados contras os dogmáticos. É alguém ou algo contra os que não são ninguém nem nada. Todo idealista é um homem qualitativo: possui o sentido das diferenças que lhe permitem distinguir entre o mau que observa e o melhor que imagina. Os homens sem ideais são quantitativos: podem apreciar o mais e o menos, mas nunca distinquem o melhor do pior."

O Homem Medíocre - José Ingenieros

15 de julho de 2010

TPM

Recebi hoje pelo orkut e adorei! kkkkkkkk


13 de julho de 2010

Zero10 no dia mundial do Rock!

Hoje é o dia mundial do Rock e tem Zero10 na Livraria Cultura do casa Park às 20 horas. De graça! Vejo vocês lá!

6 de julho de 2010

Letras 48

“Eles são rotineiros, mansos; pensam com a cabeça dos outros; compartilham a hipocrisia moral alheia e ajustam seu caráter às domesticidades convencionais. Estão fora de sua órbita a inventiva, a virtude e a dignidade, privilégios dos caracteres excelentes, que os fazem sofrer e deles desdenham. São cegos para as auroras; ignoram a quimera do artista, o sonho do sábio e a paixão do apóstolo. Condenados a vegetar, não suspeitam que existe o infinito além de seus horizontes. O horror do desconhecido os ata a mil preconceitos, tornando-os temerosos e indecisos; nada atiça a sua curiosidade. Não vivem para si, mas para o fantasma que projetam na opinião de seus similares”.
José Engenieros

“Tenho mais medo da mediocridade do que da morte”
Robert Louis Fosse

“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.
Apocalipse 3.15 e 16

“A mediocridade em tudo é uma garantia e penhor de segurança e tranquilidade”
Mariano José Pereira da Fonseca

“Quando se agrupam (os medíocres), são perigosos. A força do número supre a fraqueza individual. Unem-se aos milhares para oprimir quem não acha importante acorrentar sua mente aos elos da rotina. Subtraídos da curiosidade do sábio pela couraça de sua insignificância, fortificam-se na coesão do total. Por isso, a mediocridade é moralmente perigosa e seu conjunto nocivo em certos momentos: quando reina o clima de mediocridade”.
José Engenieros

“Anda com os sábios e serás sábio”
Salomão

"Ele (o medíocre) não tem POSICIONAMENTO PRÓPRIO. Esse indivíduo está sempre em cima do muro e se deixa moldar com grande facilidade"

"Ele tem uma PERFORMANCE PÍFIA ao longo de toda a sua carreira. Ele nunca é capaz de desenvolver trabalhos originais, inusitados e apresentar resultados excepcionais para sua organização e seus superiores. E, mais ainda, ele nunca é capaz de se elevar acima de seus colegas de trabalho. Ele é semelhante àquele último indivíduo da Parábola dos Talentos contada por Cristo, que ao receber um talento, escondeu-o na terra com medo dos ladrões. Tempos depois, quando o seu senhor voltou e pediu para que ele lhe prestasse contas da cota recebida, disse: “Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhastes; E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado”."
S.Mateus 25.14 a 30.

E o bom e velho Mito da Caverna, de Platão

"Imagine um grupo de homens vivendo em uma caverna, com uma entrada de luz que se estende por todo o seu comprimento, na qual eles tenham vivido desde o nascimento, acorrentados pelo pescoço e pelas pernas de modo que só possam olhar para a frente. Imagine também um fogo ardendo acima e atrás destes prisioneiros, com uma estrada passando entre este fogo e a caverna, com uma mureta baixa em sua extensão, como aquela que os feiticeiros colocam na frente de suas platéias, sobre a qual são expostas suas maravilhas.
Imagine também pessoas caminhando atrás desta mureta, carregando toda sorte de estátuas de homens e animais, de vários materiais, além de outros artigos. Alguns transeuntes conversam enquanto passam, outros passam em silêncio.

Os prisioneiros se parecem conosco, eu afirmo. Deixe-me perguntar primeiro: estas pessoas confinadas poderiam ver qualquer outra coisa além das sombras projetadas pelo fogo? Certamente que não, já que suas cabeças estariam imobilizadas. Seu conhecimento sobre as coisas que passam não seria então igualmente limitado? Sem dúvida que sim. Se pudessem conversar uns com os outros, não dariam eles nomes aos objetos que passam? Certamente.

Estas pessoas entenderiam serem aquelas sombras a única realidade.

Agora vamos supor que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a se levantar e caminhar em direção à luz. Em um primeiro momento, o esplendor da claridade não o deixaria discernir os objetos daqueles que costumava ver na escuridão. Se interrogado, não diria ele que as sombras ainda seriam mais reais que estes objetos que castigam seus olhos?

Mas aos poucos, ele poderia ir se acostumando àquele ambiente. No início veria sombras, depois o reflexo de homens nas águas, até que pudesse ver a realidade e mesmos os corpos celestes. Quando este homem se lembrasse de seus antigos companheiros na caverna, não sentiria ele pena de sua ignorância? Certamente.
Agora considere o que ocorreria se este homem voltasse à caverna. Ficaria novamente cego por causa da terrível escuridão. Ele teria que tatear no escuro, e os outros prisioneiros o tomariam como um tolo, ririam de sua cegueira e insensatez em sair da caverna apenas para ter sua visão destruída. Caso este homem tentasse convencer seus colegas a segui-lo para fora da caverna, certamente seria morto, caso os prisioneiros para isso tivessem o poder."

Lembro-me agora de uma conversa que tive com um grande amigo, a quem muito admiro. Em determinado momento, perante a um sincero elogio ele lançou:
"Marcelo, não me acho campeão em nada não. O problema é que a grande maioria não é nem vice.!! kkkkkkkkkk


Tenho tanto a dizer sobre isso com minhas próprias palavras. Mas vai ficar pra próxima oportunidade. Aula daqui à pouco. Abraços!
 
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