Quem me conhece de perto sabe que tenho uma mente inquieta. Tô sempre pensando numa maneira melhor para se fazer algo ou resolver um problema ou dificuldade.
Pois bem, há algum tempo que eu estava com pequeno problema. No Almah, além de afinarmos em Eb, em algumas músicas usamos a afinação standard e em algumas a afinação conhecida como Drop D, onde a sexta corda é afinada um tom abaixo de sua afinação normal. Isso me gerou um problema, pois como as minhas guitarras signature são equipadas com Floyd Rose, eu teria ter que levar no mínimo quatro guitarras para a tour, duas principais, uma com cada afinação, e uma reserva pra cada. Além de encarecer o custo final de tudo com excesso de bagagem e tudo mais não conseguia me conformar com essa quantidade de instrumentos para as viagens, já que estamos trabalhando com uma equipe reduzida por enquanto.
Apesar de achar o incrível solucionador de problemas abaixo muito engraçado ele em nada poderia ajudar nesta caso:
Ok, quem já teve ou tem uma Wolfgang (modelo do Van Hallen lançado pela Peavey) conhece o D Tuna que é uma pecinha, inventada pelo próprio VH (pelo que dizem) que permite a troca de afinação rápida da sexta corda de E para D. O problema é que nas guitarras como as do VH, usa-se uma ponte modelo Floyd Rose, mas com ela encostada na madeira, podendo ser usada apenas para baixo. (Veja a ilustração)
No meu caso, uso a ponte flutuante, com a cava atrás da Floyd Rose permitindo usa-la pra cima e pra baixo. Isso de cara gerou dois problemas:
1) O D tuna iria encostar no corpo da guitarra quando eu puxasse a alavanca pra cima limitanto o seu movimento e "ferindo" a pintura da guitarra.
2) Quando eu acionasse o D tuna ele afinaria a sexta corda em D, mas as outras cinco cordas sofreriam uma pequena desafinação.
Ok, para o primeiro problema a solução era relativamente simples, mandar cavar um pouco mais a madeira das guitarras a pondo do D Tuna caber perfeitamente sem atrapalhar a utilização da Floyd. Mandei duas MB1's, uma preta e uma SB para os meus parceiros da Tagima e o meu amigo Willian (haja paciencia comigo heim bro... rs) comandou tudo me devolvendo as guitarras com um acabamento simplesmente impecável.
Para o segundo problema tive que usar outro brinquedo. O Tremol-no não é nada conhecido, pelo menos no Brasil mas é bem interesante. Com instalação bem simples, através a rápida regulagem entre três parafusos você pode optar por deixar a sua ponte flutuante de três formas: flutuante, fixa ou mexendo apenas para baixo.
Segue um video de demonstração encontrado no Youtube: